quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Com vontade de dizer algo que poderia não ser expresso em uma conversa cara a cara, ela escrevia cada linha de seus pensamentos em uma folha de papel. Escrevia e intrigada pelo fato de achar tudo errado e que deveria estar perfeito, apagava. Suspirava, pensava por alguns segundos e logo voltava a escrever. Imaginava aonde ele estaria quando lesse a carta. Talvez em baixo de uma árvore com a brisa batendo em sua face, ou talvez ele descumpriria o trato de ler somente depois da aula e, escondido, leria em baixo da carteira de escola. Ela ria ao pensar nas possibilidades. Já eram 21:14 e ela apenas tinha escrito: "Oi amor!". Tentava lembrar de fatos, quando decidiu escrever aquilo que ela sabia que lhe arrancaria um sorriso. Escreveu sobre o primeiro beijo, os presentes, o brilho nos olhos e as risadas que foram dadas. Não escreveu sobre obstáculos ou dificuldades que estavam enfrentando, queria lembrar de momentos agradavéis, como se aquela fosse a última carta. Não queria que aquela carta mudasse muita coisa - essa não era sua intenção. Apenas queria que lhe arrancasse um sorriso que provaria que ele era o homem de sua vida.

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