Ela nunca foi aquela que eu olhei de cara e gostei. Nem aquela que um dia eu desejei ser melhor amiga, mas com o tempo ela foi ganhando espaço. Era olhar ela fazendo uma maquete tentando achar qualquer defeito para consertar, que me fazia rir. Era ver ela preocupada com seus amigos que me fazia crer o quão boa ela era. Com certeza, eu não queria ser como ela. Eu gosto de mim mesma e não gostaria de mudar, mas certamente ela era um bom exemplo. Tinha suas crenças e seus dizeres. Tinha gostos musicais estranhos e certamente ela era colorida demais. Às vezes eu ria sobre suas atitudes e certamente sobre ela achar que vizinha era alguém que morava na diagonal dela. Certamente, eu falei mal dela. Até porque acho que nunca deixei de dizer algo ruim sobre alguém, nada que me orgulhe. Mas acho que seus defeitos são superados pelos seus atos. Era quieta, não se intrometia na vida de ninguém e sempre estava disposta a ajudar. Não importasse a quem ou porque. Mas como disse ela não era a melhor pessoa do mundo, mas a olhando arrumar as malas para se mudar ... me faz sentir uma lágrima saindo de meus olhos.

Sentirei falta da minha vizinha preferida. (L)